<$BlogRSDURL$>
Links
Arquivos

Campo de anotações aleatórias que eventualmente pode criar algo útil.

terça-feira, fevereiro 21, 2012

Cômoda Alegria 

Às vezes é necessário escrever, mesmo que não se esteja bêbado ou se viva disso. Nem sempre se pode sucumbir à preguiça e ao comodismo de um pensamento volátil de imaginar que a memória retratará o que se sente, sem perder a alegria de um momento importante momentaneamente, mas que será irrelevante no futuro.

Nesse instante pouco poderia relatar além dessa vontade, ou ainda, de forma mais sincera, da vontade de tomar outra cerveja em pleno carnaval caseiro, sem samba e serpentina. Apesar disso, sempre é válido tomar um gole de coragem e escrever um punhado de bobagens, como se elas fossem ser importantes no futuro, assim como o samba campeão desse ano.

Apesar da importância desses dias em face à necessidade de estar alegre, a vida segue passando no mesmo ritmo e não acaba na quarta-feira de cinzas, ainda que se busque as mais variadas formas de alegrar-se. Talvez alegria seja apenas o tempo que se pode ter para busca-la, e não necessariamente simplesmente senti-la como numa manhã qualquer de dia de semana, depois de ter dormindo bem e tomar o melhor café da vida do instante. Bem, há dúvidas sobre isso e na presença de dúvidas a alegria não florece, tempo acaba passando e é hora de trabalhar.

Periodicamente a alegria surge no intervalo de uma música, como se fosse uma estação do ano, ou mesmo uma noite, às vezes mais longa e fria, outras mais curta e quente. Mas mesmo a música preferida de todos os tempos se perderá um dia no comodismo da memória, inevitável, assim como o passar do tempo.

segunda-feira, março 01, 2010

Possível email 

Cara *,

Desculpe-me pela sinceridade, mas essa exigência de modelo eletrônico (.doc) e papel timbrado é a mais ridícula entre todas as formalidades que vi desde a pré-escola até o pós-doutorado. Eu não uso windows e muito menos o word, de forma que será impossível seguir o modelo à risca. Do contrário, além de comprar um sistema operacional e software de edição de texto e instalá-los, teria que transcrever equações e referências para formatos que nem mesmo sei editar.

Entretanto, acredito que de alguma forma indireta me comprometi com esse tipo de formalidade e vou tentar usar o google docs para montar um Frankenstein formal, que aparentemente é muito mais desejável que uma Amelie Poulain informal.

Além disso, o novo relatório com minha assinatura física deve demorar no mínimo uma semana para chegar ao *.

Sinceramente,

R.

terça-feira, junho 30, 2009

Verdades medíocres 

Dada a estupidez do texto desse sujeito, minha indignação foi tanta que escrevi para para a editoria da gazetaesportiva.net. Até então, não obtive qualquer resposta.

Além disso, divulguei a grande obra do sr. Chico Lang para meus amigos colorados, gremistas, gaúchos e paulistas. Todos acharam o texto de extremo mau gosto, preconceituoso e idiota, pois nada mais que um idiota para generalizar a população de um estado inteiro pelo eventual comportamento de seus clubes de futebol ou seus polítos e militares. Mesmo que "fatos" apresentados pelo sr. Chico Lang fossem absolutamente verdadeiros, sua opinião não passaria de uma generalização grosseira e, até mesmo, xenofobista (ainda que referente ao mesmo país).

Entre as várias manifestações que recebi e vi pela internet, divulgo aqui um texto do amigo, jornalista, Marcelo Menna Barreto, encaminhado à direção da Fundação Casper Líbero.


Em primeiro lugar, gostaria de deixar claro que não leio, não ouço e muito
menos assisto este cidadão chamado Chico Lang. Somente tomei a iniciativa
de lhes enviar este texto após ter sido intoxicado pelo conjunto de
bobagens que um amigo me enviou, sabendo da minha formação, com o seguinte
subject em sua mensagem: Isto é jornalista????? Tratava-se da coluna de
Lang, Bola Solta, do dia 25/06, com o título “Gauchada esquece a bola e
quer levar títulos na força”.

Graças ao grande conhecimento jurídico de nossos ministros do STJ, hoje
qualquer um pode ser jornalista, uma vez que nossa profissão, entre outras
coisas, não oferece riscos à coletividade. Então respondi ao meu amigo que,
nesse contexto, o Chico até me parece um profissional razoável. Apesar de –
confesso - ter lido a coluna rapidamente, o texto pareceu-me fluir bem e
aparentou não ter nenhum grave erro gramatical. Também ressaltei que, na
ocasião, Chico estava exercendo o papel de colunista - aquele que no
jornalismo tem, sim, um espaço para emitir sua opinião.

Mas vale observar que, se Chico Lang entende de futebol como conhece a
história do nosso país, que colunista irresponsável a Gazeta.Net foi achar
hein?!

Somente uma pessoa muito desinformada ou mal intencionada esqueceria que o
Golpe Militar de 64 foi uma articulação que partiu na cidade de Juiz de
Fora, de onde rumaram caminhões e tanques em direção ao Rio de Janeiro,
onde o presidente João Goulart (gaúcho) se encontrava quando recebeu um
manifesto do general Mourão Filho (carioca) exigindo sua renúncia.

Na minha modesta opinião, mais do que derrubar Jango, a ideia das “elites”
era, de fato, jogar uma pá de cal sobre um espectro que se chamava Getúlio
Vargas. Em 1930, Getúlio acabou com a política do café com leite, que
privilegiava os Estados de Minas Gerais e São Paulo, contrários à
industrialização do Brasil. Um jogo de cartas marcadas que tinha o objetivo
de fazer com que os cafeicultores e os grandes pecuaristas permanecessem no
poder por tempo indeterminado. Em 1932, esses mesmos fazendeiros tentaram
retornar ao poder, mas não conseguiram.

A “Revolução de 32” não impediu que Vargas iniciasse a verdadeira Revolução
social que a maioria do povo esperava, independente de ser gaúcho,
paulista, cearense ou baiano. Esta, apesar das comemorações de uma
tentativa frustrada de se retirar um presidente do poder, é a mais pura
verdade.

Mas vamos voltar agora ao golpe que o Chico Lang, pelo visto, é
especialista. Em 1964 não seria, por acaso, mera coincidência o fato de,
num claro e flagrante desrespeito à Constituição, o presidente do Senado,
Auro Soares de Moura Andrade (paulista de Barretos), que deliberou estar a
Presidência da República vaga, ser um ex-revolucionário de 32? Notem que
assim este senhor, que combateu ferrenhamente o governo de Getúlio Vargas,
à frente dos jornais A Urna e O Democrata, deu de mão beijada a presidência
ao também paulista Pascoal Ranieri Mazzilli.

Com estas informações que acabei de registrar, poderia então eu colocar
também na conta dos paulistas os horrores que passamos pela Ditadura
Militar e que a história – não eu, muito menos o Chico Lang – comprova?

Daí me vem a seguinte pergunta: e se Chico Lang, em sua estratégia
deliberada de generalizar para evitar ao máximo outra asneira, argumente
que o período ao qual se referiu era o do gaúcho Médici? Muito esperto ele!
Talvez tenha sido, inclusive, capaz de ter contado a lista de todos os
generais do país, uma vez que afirmou que a maioria era lá do Sul. Uma
coisa que, confesso, não tive tempo nem paciência pra procurar.

Mas, sirvo-me, novamente da história pra lembrar ao ilustre colunista que
usou essa frase forte “Os caras torturaram, mataram, usaram dinheiro
público ao bem prazer e tudo bem”, que não necessariamente foram só do sul
os protagonistas destes atos covardes que envergonharam o Brasil.

Para se ter uma idéia, a Operação Bandeirantes (OBAN), criada em junho
de1969 pelo comandante do II Exército (São Paulo), General José Canavarro
Pereira, foi também uma idéia de civis — notadamente grandes empresários de
São Paulo.

As ordens para a montagem de um organismo que reunisse elementos das
Forças Armadas, da Polícia Estadual - civil e militar - e da Polícia
Federal para o trabalho específico de combate à subversão foram dadas ao
final de 1968 pelo Ministro da Justiça, Luís Antônio da Gama e Silva,
paulista de Moji Mirim.

Poderia aqui falar do famoso Delegado Sérgio Fernando Paranhos Fleury,
carioca de Niterói, que fez brilhante carreira no DOPS de São Paulo e do
covarde assassinato do jornalista Wladimir Herzog em dependências do
DOI-CODI paulista, mas acho que já deu para passar o meu recado.

Volto a ressaltar, no entanto, que o meu texto não é em hipótese alguma uma
resposta ao senhor Chico Lang, mas, sim, uma forma de esclarecer a dúvida
de um amigo. A de que existem, sim, espaços na imprensa onde a opinião deva
ter o seu lugar e ser respeitada.

Mas, infelizmente, mesmo sabendo que a postura de Chico Lang como colunista
é a de um torcedor, sou obrigado a dizer aqui que a forma
descontextualizada com que o mesmo postou o artigo em referência só
contribui para a desqualificação dos profissionais da imprensa. Daí a
pergunta do meu amigo: “Isto é jornalista????”

Também é de se lamentar que a Fundação Casper Líbero, responsável pela
Gazeta Esportiva.Net, não se atente pelo conteúdo que é emitido por um de
seus veículos.

Não estou falando aqui de censura, mas de uma instituição que fundou a
primeira Faculdade de Jornalismo da América Latina, por onde passaram
pessoas como José Hamilton Ribeiro, um exemplo de ética profissional! Bom
deixa pra lá. Pelas refeências que tenho e pelo que li, alongar o texto pra
fazer uma comparação entre Chico Lang e José Hamilton já seria demais.

Para finalizar, em uma coisa Chico Lang tem razão no seu artigo: “E assim
caminha a mediocridade...”

Isso é Jornalista? 

Sou a favor do fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista para profissinais da imprensa. Pelo que sei, a tal restrição foi baixada num momento de ditadura, de cerceamento de liberdades. Com isso pode-se imaginar os verdadeiros motivos do governo da época.

Contudo, é triste ver, justamente nesses dias em que Supremo Tribinal Federal aboliu a tal obrigatoriedade, que um sujeito emita tal opinião:

Colunistas - (25/06/2009 11h59)
Gauchada esquece a bola e quer levar títulos na força

São Paulo (SP)

O futebol gaúcho sempre foi conhecido pelo espírito belicoso, coisa de fronteira. Quer dizer, ou vai na bola ou no pau. No entanto, Grêmio e Internacional estão exagerando. Gremistas fizeram carnaval em Belo Horizonte. Colorados prometem outro salseiro contra o Corinthians, na próxima quarta-feira. Está na hora de a CBF meter a colher nisso e, se for o caso, tirar mando de campo desses caras, um bando de "machochos", ou seja, sem suco, insípidos, debilitados metidos a macho.

Gremistas e colorados sentiram a barra. Estão em tremenda desvantagem em relação a Cruzeiro (Libertadores) e Corinthians (Copa BR). Os 3 a 1 no Mineirão praticamente garantiram os mineiros na decisão da sul-americana. O mesmo acontecendo com o Timão, que não levou e ainda marcou dois gols.

O jeito, então, é apelar para a ignorância, criando um "clima de guerra", coisa de índio mesmo, de gente sem espírito esportivo, querendo ganhar o jogo no grito. Resultado: se eu fosse dirigente de Cruzeiro ou Corinthians levaria um pelotão de seguranças, prontos para o que der e vier nas partidas de volta em Porto Alegre.

Na época da ditadura militar, a maioria dos generais era lá do Sul. Os caras torturaram, mataram, usaram dinheiro público ao bem prazer e tudo bem. Criou-se a cultura de não ser "revanchista" com o surgimento da democracia. No entanto, crime é crime e ninguém foi punido e, pelo jeito, nunca vai ser. Muita gente daquela época já está ardendo no fogo dos infernos. Como diria a avó do psiquiatra Zé Carlos Zeppellini, "Deus escreve certo por linhas tortas".

E assim caminha a mediocridade...



Fonte:
www.gazetaesportiva.net/nota/2009/06/25/585664.html

terça-feira, junho 09, 2009

Verdades azuis 

Quanta choradeira dos azuis de Belo Horizonte. Ao final do jogo entre Cruzerio e Internacional, os mineiros reclamaram muito do arbitro da partida. A única coisa que concordo, isto é, se acontecesse contra o Inter diria o mesmo, é sobre a não expulsão do Bolívar, logo no início de jogo, numa jogada quasa na linha de fundo do lado direito de defesa do Inter.

Fora isso, vejamos como realmente a arbitragem trabalhou "contra" o Cruzerio:

1. Kléber, o bondoso injustiçado, pisa no pé de Lauro. Não obstante, os cruzeirenses choram a "injusta expulsão".

2. O gol do Cruzeiro ocorre em condição de impedimento.

3. O goleiro do Cruzerio deveria ser expulso ao quebrar Giuliano na entrada da área, quando este rumava em direção ao gol.

A prova do fato 1 está em torno dos 46 segundos deste vídeo

A prova do fato 2 está ao 3min e 2 seg deste vídeo. Neste mesmo vídeo, aos 4 min e 39 se vê a delicadeza do último jogador do Cruzeiro em parar a jogada de ataque do Inter.

Depois da partida, só ouvi gente reclamando da arbitragem em favor da Raposa. Talvez o Inter devesse reclamar mais de qualquer coisa, em alguma teria razão ou faria as pessoas pensarem de acordo com discurso, mas prefiro que se preocupem em jogar de fato. Por sinal, parabéns ao Guiñazu que declarou que não comentaria a arbitragem, somento o jogo.


P.S: Matéria da TV Alterosa sobre o ocorrido com o coitadinho do Kléber:

www.superesportes.com.br/ed_esportes/003/template_esportes_003_126323.shtml

sexta-feira, maio 08, 2009

Ouvindo o silêncio natural 

Há pouco tempo atrás diria que isso é uma grande bobagem. Mas neste último verão ao sair da cidade para ir pescar, e isso que estava em Santa Maria (cerca de 40 vezes menor que São Paulo), reparei quão agradável era ouvir o simples silêncio da natureza. Acho que em geral fico vários meses sem ter esse tipo de oportunidade.

Parece que tem gente levando esse tipo de privação muito a sério e está gravando e disponibilizando na rede os sons de alguns ambientes naturais:
Ear to the ground.

domingo, abril 19, 2009

Hoje estive radicalmente à esquerda. Estava em frente à caixa de som, como já em outros shows, vendo tudo pequeno, mas com pouco esforço. Era show do Motörhead!

No fundão, mais tranquilo, alguns mais experientes, destes alguns inclusive com filhos. No meu nível, quase qualquer um, até mesmo eu estava lá, e na frente do palco os mais exaltados.

O tal de Motörhead surgiu em 1975, toca musicas das décadas de 70, 80, 90 e "00" e arrasta seguidores de quase todas as idades. Seu fundador, Ian Fraser Kilmister, ou apenas "Lemmy", mais velho que meu pai, filho e um capelão da Royal Air Force, compõe e toca músicas do tipo "God was never on your side" entre outras ainda muito mais famosas. Dentre as lendas conhecidas sobre Lemmy, existe uma que diz que a única forma de hidratá-lo (em termos relativos) é colocar mais gelo no seu whiskey.

Mesmo eu, fã confesso, devo admitir que o som do Motörhead é barulhento. E agora, ainda mais depois de um show com o som não muito bem regulado, o zumbido nos meus ouvidos não me deixaria mentir. De qualquer forma, pensando na minha infância, acho que teria gostado muito de sentir esse zumbido muito antes.

Quando lembro de algo importante para mim como "não-criança" e noto que isso aconteceu há quase dez anos, como um show do Metallica em maio de 1999, acabo ficando com medo. Fico com medo que as pessoas mais jovens acabem não sentido nostalgia de um tempo que não viveram, que deem valor apenas para seu momento e nunca me entendam.

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Nossa Caixa, Nosso Desespero 

É desesperador necessitar de algum serviço do Banco Nossa Caixa. A situação é ainda pior na Agência USP, 0864-8, e toma ar de gozação com o cliente nos primeiros dias úteis do mês.

Precisava fazer um saque em dinheiro, de um valor indisponível em caixa eletrônico. Tive que enfrentar a fila dos caixas, que, em uma contagem superficial, chegava facilmente a umas 50 pessoas. Durante 45 minutos esperando, cheguei aproximadamente ao meio da fila. Logo notei que não teria tempo para retirar o dinheiro e proceder com a outra operação, em outro local, que necessitava do valor que me remetera à fila.

Fui falar com a gerente, cujo primeiro nome é Marina. Sem surpresa, já havia outra pessoa esperando a vez de reclamar com ela. Relatamos o notório e ouvimos as seguintes explicações:

1. Muitas pessoas se recusam a usar os caixas eletrônicos.

2. Há funcionários em treinamento para atender nos caixas, mas devido à reestruturação do banco, devido a sua compra pelo Banco do Brasil, a fase prática/final foi suspensa.

3. A gerente estava fazendo o possível, mas tinha restrições de operação e nos sugeriu entrar em contado com a Ouvidoria do banco.

Recebemos o número 4004 2151 para fazer nossas reclamações também à Ouvidoria. Precisei digitar meus dados e acabei ouvindo, eu mesmo, meu saldo. Não existia qualquer opção explicita sobre Ouvidoria.

Entrei no site do banco e encontrei o número 0800 770 6884 para entrar em contato com a já lendária Ouvidoria. Após três tentativas, consegui ser atendido por uma mensagem eletrônica. Fui informado que precisaria um número de protocolo de reclamação antes de ser atendido pela Ouvidoria, recebi o número da Central de Apoio ao Cliente, 0800 722 1518, para obter esse protocolo. Depois de mais uma maratona de dados digitados, fui informado que não poderia ser atendido devido "um problema de comunicação com o computador central".

Realmente tudo isso parece uma grande piada de péssimo gosto. Além de não conseguir fazer a operação bancária mais simples possível, é impossível reclamar sobre um atendimento deficitário.

Em meio a toda essa palhaçada, encontrei as seguintes notícias: Justiça suspende limite de espera na fila de banco em SP e ainda Justiça nega recurso que obriga bancos a reduzir tempo de fila.

Ou seja, você pode, e talvez até deva, ser legalmente tratado como um palhaço!

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Online Casino Reviews